Dispositivo chamado Sarco levantou debate ético e legal no país europeu e levou responsáveis pelo procedimento à prisão
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A organização The Last Resort anunciou que a cápsula de suicídio assistido chamada Sarco foi utilizada pela primeira vez no mundo, na Suíça, na última segunda-feira. Uma mulher americana de 64 anos passou pelo procedimento às 16h do horário local em um retiro florestal particular no cantão de Schaffhausen, próximo à fronteira entre o país e a Alemanha.
De acordo com a empresa responsável, apenas Florian Willet, copresidente da organização, estava presente no momento. Ele descreveu a morte como “pacífica, rápida e digna”. Em nota, a The Last Resort disse que a mulher, que não teve o nome revelado, “sofria há muitos anos com uma série de problemas sérios associados a um grave comprometimento imunológico”.
O que é a cápsula de suicídio assistido?
O dispositivo de aparência futurista, cujo nome faz referência a sarcófago, foi projetado para permitir que as pessoas deem fim às suas vidas ao pressionar um botão que libera nitrogênio dentro da cápsula, reduzindo a quantidade de oxigênio a níveis letais. Com isso, a pessoa morre em questão de minutos, sem sentir dor.
Em julho, a empresa havia anunciado a pretensão de utilizá-la pela primeira vez ainda neste ano. Em coletiva de imprensa, a advogada Fiona Stewart, que faz parte do conselho consultivo do The Last Resort, afirmou que o único custo para o usuário seria de 18 francos suíços, o equivalente a cerca de 115 reais na cotação atual, pelo nitrogênio.
O inventor do Sarco, Philip Nitschke, disse estar satisfeito pelo aparelho ter funcionado “exatamente como foi projetado, ou seja, para proporcionar uma morte eletiva, não medicamentosa e pacífica no momento em que a pessoa escolher”. O uso, entretanto, despertou um debate ético e legal no país europeu.
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